A Pioneer, uma das marcas mais icônicas da era dos discos ópticos, anunciou oficialmente o encerramento da produção de leitores de CD, DVD e Blu-ray. A decisão simboliza o fim definitivo de sua presença no setor de mídias físicas, em um momento em que o streaming domina completamente o consumo de música e filmes.
Venda para empresa chinesa encerra um ciclo histórico
A companhia japonesa vendeu sua divisão Pioneer Digital Design and Manufacturing para a Shanxi Lightchain Technology, subsidiária do grupo chinês Shanxi. Essa unidade era responsável pela fabricação dos drives ópticos usados em computadores e players domésticos — produtos que durante décadas representaram o padrão de qualidade no setor.
Os últimos modelos lançados pela marca foram os UDP-LX500 e UDP-LX800, ambos em 2019. Desde então, a produção vinha diminuindo gradualmente até chegar ao ponto de descontinuação total.
O declínio das mídias físicas
A saída da Pioneer segue uma tendência global. Marcas como Samsung, Oppo e LG já haviam encerrado suas linhas de Blu-ray nos últimos anos, refletindo a queda na demanda por mídias físicas. A LG, por exemplo, descontinuou os modelos UBK80 e UBK90, sem substitutos diretos desde 2019.
Até mesmo grandes varejistas norte-americanas, como Best Buy e Target, reduziram drasticamente o espaço destinado a filmes em Blu-ray, deixando clara a transição para o consumo digital.
Mercado de nicho tenta resistir
Enquanto os grandes fabricantes deixam o setor, marcas menores como Magnetar, Pannde e Reavon apostam em players de alta qualidade voltados a colecionadores e entusiastas do cinema físico. São equipamentos premium, caros, mas que tentam manter viva a experiência tradicional de áudio e vídeo de alta fidelidade.
Sony, a última defensora do formato?
A Sony, criadora do formato Blu-ray, surpreendeu ao lançar uma versão revisada do player UBP-X700 em 2025. Apesar de pequenas melhorias, o modelo não representa uma aposta real no futuro das mídias físicas. No início do ano, a empresa já havia encerrado a produção de mídias graváveis e fitas digitais, mantendo apenas a fabricação de filmes comerciais em Blu-ray.
O gesto simboliza a fase final de uma era. À medida que a nuvem e os serviços sob demanda se consolidam, o disco óptico se torna uma peça de coleção — um símbolo nostálgico de quando o físico ainda era sinônimo de qualidade.
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