IA e o Consumo de Água: o que é mito e o que é fato?

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IA e o consumo de água
Entenda como os data centers de IA realmente utilizam água em seus sistemas de refrigeração.

Notícia publicada em 20/10/2025 por Adolfo A. Coradini

A afirmação de que ferramentas de inteligência artificial como o ChatGPT “consomem uma garrafinha de água por pergunta” chamou atenção do público. Mas o quanto disso é verdade? Vamos separar mitos e fatos sobre esse tema.

O que realmente acontece

Os data centers que sustentam modelos de IA consomem água para resfriar servidores, que geram calor durante o processamento. Segundo o MIT, para cada quilowatt-hora gasto, cerca de 2 litros de água são usados em sistemas de refrigeração.

Pesquisas da Universidade de Illinois estimam que a IA global pode demandar entre 4,2 e 6,6 bilhões de m³ de água até 2027, se o ritmo de crescimento atual continuar. No entanto, o consumo por pergunta individual é muito menor do que o público imagina.

O que é mito

A ideia de que cada pergunta feita a uma IA consome uma “garrafinha de água” é um exagero. Estudos mais precisos estimam que cada interação utiliza em torno de 10 a 20 mililitros de água — equivalente a uma colher de sopa — considerando o resfriamento direto.

O número pode variar muito dependendo do clima local, da tecnologia usada e do tipo de energia consumida. Regiões áridas, por exemplo, usam refrigeração a ar para economizar água.

Impacto real e soluções

Embora o impacto direto por pergunta seja pequeno, o volume global de consultas diárias torna o consumo significativo. Por isso, empresas como Google, Microsoft e OpenAI estão investindo em fontes renováveis e recirculação de água nos data centers.

Iniciativas de IA sustentável buscam reduzir esse impacto por meio de otimizações energéticas e uso de refrigeração líquida fechada, que reaproveita a água em vez de descartá-la.

Conclusão

Sim, a IA consome água — mas a afirmação popular de “uma garrafinha por pergunta” é apenas um mito simplificado. O verdadeiro desafio é o impacto acumulado do uso massivo de data centers no mundo todo, algo que precisa ser tratado com políticas de sustentabilidade e eficiência tecnológica.

No fim das contas, a água está no centro da revolução digital — e cabe às empresas e à sociedade encontrar o equilíbrio entre inovação e preservação.


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