China intensifica investimento em IA e semicondutores no novo plano de 5 anos

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China Inteligência Artificial
Plano chinês reforça independência em tecnologia

Notícias • Publicada em 04/11/2025 por Adolfo A. Coradini

A China apresentou oficialmente seu novo plano quinquenal, que definirá as diretrizes de desenvolvimento econômico entre 2026 e 2030. A proposta, elaborada pelo Partido Comunista Chinês, destaca uma forte ênfase na expansão de tecnologias estratégicas, especialmente inteligência artificial e semicondutores, com o objetivo de fortalecer a autossuficiência tecnológica.

O documento estabelece como prioridade elevar significativamente a capacidade de inovação nacional, reduzindo a dependência de fornecedores externos. Além disso, o governo planeja impulsionar setores como aviação, transporte e internet industrial, ampliando sua competitividade global.

A iniciativa surge em meio a tensões comerciais e restrições impostas pelos Estados Unidos e nações aliadas, que dificultam o acesso chinês a tecnologias avançadas. Como resposta, Pequim pretende acelerar o desenvolvimento doméstico e diversificar sua cadeia produtiva.

China semicondutores IA
Setor de semicondutores recebe atenção especial

De acordo com o comunicado, o país buscará manter a manufatura em nível estável dentro da participação econômica, alinhando-se à política de dupla circulação, que foca no fortalecimento do mercado interno sem abandonar o comércio exterior.

Especialistas apontam que o novo plano virá acompanhado de diretrizes mais pragmáticas, reduzindo o uso de termos relacionados à segurança e reforçando a busca por um crescimento baseado em qualidade e produtividade.

A produção de chips avançados é um dos pontos mais valorizados, especialmente devido às restrições ocidentais. Empresas como a SMIC seguem evoluindo suas técnicas de fabricação, buscando diminuir a distância tecnológica para Taiwan e Coreia do Sul.

No campo da IA generativa, gigantes como Baidu, Alibaba e SenseTime estão investindo pesado em modelos proprietários para competir globalmente. O governo promete suporte regulatório e financeiro para acelerar o setor.

Paralelamente, o consumo doméstico deve receber estímulos estruturais, incluindo melhorias em seguridade social e acesso a serviços públicos. Mesmo assim, o texto mantém cautela sobre gastos estatais para evitar crescimento artificial.

Analistas projetam um crescimento médio anual de 4,5%, refletindo prudência diante do envelhecimento populacional e alto endividamento regional.

A grande meta é transformar a China em um centro global de inovação industrial até 2030, movimentando o país em direção à independência tecnológica e aumentando sua resiliência diante de sanções internacionais.

Com isso, a transição de “fábrica do mundo” para potência tecnológica se torna um dos pilares estratégicos do governo de Xi Jinping.


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