Sem a presença de Benjamin Netanyahu ou de representantes do Hamas, o presidente americano Donald Trump assinou neste domingo o novo cessar-fogo em Gaza, durante a Cúpula Internacional da Paz realizada em Sharm el-Sheikh, no Egito.
Trump foi recebido pelo presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi e, ao lado do Emir do Qatar Sheikh Hamad Al Thani e do presidente turco Recep Tayyip Erdogan, formalizou o acordo que marca o início da chamada “Declaração Trump por Paz e Prosperidade Duradoura”.
O documento prevê uma série de etapas divididas em fases, começando pela troca de reféns por prisioneiros, já concluída, e pela retirada gradual das tropas israelenses de Gaza. Segundo Trump, a segunda fase — que visa formar um governo palestino de transição supervisionado por um Conselho da Paz — já está em andamento.
Entre os pontos mais polêmicos está a exclusão do Hamas de um futuro governo e a anistia a combatentes que aceitarem abandonar o conflito e cooperar com a reconstrução do território. Os Estados Unidos enviarão 200 soldados para monitorar o cumprimento do acordo junto a aliados árabes, criando o Centro de Coordenação Civil-Militar.
A proposta também inclui um plano de reconstrução de cerca de US$ 50 bilhões, financiado por nações aliadas. De acordo com estimativas da ONU e do Banco Mundial, cerca de 78% das estruturas da Faixa de Gaza foram destruídas durante os dois anos de guerra.
Líderes internacionais como Emmanuel Macron e Keir Starmer saudaram o acordo, mas alertaram que o caminho para a paz “ainda é longo e delicado”. Rússia e China, ausentes do evento, manifestaram apoio parcial, ressaltando a necessidade de discutir também o futuro da Cisjordânia.
Além de buscar o fim da guerra, o acordo pode abrir caminho para a retomada dos Acordos de Abraão, ampliando as relações diplomáticas entre Israel e países árabes, incluindo uma possível normalização com a Arábia Saudita.
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