A invenção brasileira que pode salvar os jumentos da extinção no Nordeste

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Pesquisadores da UFPR estudam colágeno de jumento
Projeto da UFPR usa biotecnologia para criar colágeno de jumento em laboratório.

Notícia publicada em 17/10/2025 por Adolfo A. Coradini

Pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) estão desenvolvendo uma tecnologia pioneira que pode ser a chave para evitar a extinção dos jumentos no Nordeste. O projeto utiliza biotecnologia avançada para criar colágeno de jumento em laboratório, sem a necessidade de abate animal.

A iniciativa surge em meio a uma crise que ameaça a sobrevivência da espécie. O aumento da demanda da China pelo ejiao — um produto derivado da pele dos jumentos e usado na Medicina Tradicional Chinesa (MTC) — tem levado à caça e ao comércio ilegal desses animais no Brasil e em outros países.

Para enfrentar esse cenário, cientistas brasileiros estão apostando na fermentação de precisão, uma técnica de agricultura celular que permite cultivar células e produzir tecidos de forma ética e sustentável. Essa abordagem visa gerar colágeno idêntico ao natural, preservando os animais e atendendo à indústria cosmética e farmacêutica.

De acordo com a equipe da UFPR, os primeiros resultados devem ser divulgados até o final de 2026. A pesquisa foi apresentada no 13º Congresso Mundial de Alternativas e Uso de Animais nas Ciências da Vida (WC13), realizado no Rio de Janeiro, destacando o protagonismo brasileiro em soluções biotecnológicas sustentáveis.

Se os resultados forem positivos, o projeto poderá revolucionar o uso de produtos de origem animal e abrir caminho para novas formas de preservação da fauna nordestina, unindo inovação científica e responsabilidade ambiental.


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