Ouro dispara 59,5% em 2025 e bate recordes: entenda os motivos e como investir com segurança

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Ouro em alta recorde em 2025
O ouro brilha em 2025, acumulando alta histórica e atraindo investidores.

Notícia publicada em 04/11/2025 por Adolfo A. Coradini

O ouro vive um dos momentos mais intensos da década. Em 2025, o metal precioso acumulou valorização de 59,5%, impulsionado por um cenário econômico global repleto de incertezas — desde tensões comerciais até cortes de juros nos Estados Unidos. Em apenas 13 sessões de outubro, o ativo registrou oito recordes históricos consecutivos, atingindo o pico de US$ 4.392 por onça-troy.

Segundo levantamento da consultoria Elos Ayta, a alta do ouro vem sendo consistente desde o início do ano. Para Mauriciano Cavalcante, diretor da Ourominas, as medidas do presidente norte-americano Donald Trump e o temor de uma desaceleração econômica mundial reforçaram o papel do metal como refúgio financeiro.

Crise fiscal nos EUA impulsiona o ouro
O Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou ligeiramente sua projeção de crescimento dos EUA para 2% em 2025, mas alertou para o aumento do déficit fiscal e da dívida pública. Hoje, a dívida americana representa cerca de 98% do PIB, e a Moody’s já reduziu a nota de crédito do país para ‘Aa1’. Esse cenário tem levado bancos centrais de potências como China e Índia a migrar reservas cambiais para ouro, fortalecendo ainda mais a demanda global.

Redução de juros e enfraquecimento do dólar
A decisão do Federal Reserve (Fed) de cortar os juros em setembro para o intervalo de 4,00% a 4,25% reduziu a atratividade do dólar, aumentando o apelo do ouro. Para analistas como Bruno Yamashita, da Avenue, essa combinação cria um ambiente de valorização sustentável do metal. “O ouro continua sendo uma reserva sólida em tempos de incerteza e uma alternativa real ao dólar”, afirma.

O que esperar do ouro nos próximos meses
Embora o consenso de mercado seja otimista, especialistas alertam para possíveis correções de curto prazo após a sequência de altas. Paula Zogbi, estrategista da Nomad, afirma que “as tensões geopolíticas e o cenário fiscal ainda sustentam a demanda, mas o investidor deve agir com disciplina e evitar comprar no topo do mercado”.

Quanto investir em ouro?
A recomendação dos analistas é manter o ouro entre 5% e 10% da carteira, considerando seu papel como proteção, e não como ativo de geração de renda. “O ouro serve como escudo contra choques macroeconômicos, sendo ideal para diversificação”, explica João Tonello, da Nomos Investimentos.

Como investir em ouro hoje
Existem diversas formas de investir no metal. O ouro físico, adquirido em DTVMs autorizadas pelo Banco Central, oferece segurança e liquidez imediata. Já os investidores que buscam praticidade podem optar por ETFs de ouro, fundos listados em bolsa que replicam a variação do preço do metal e dispensam a necessidade de armazenamento físico.

Conclusão
O ouro permanece como um dos ativos mais atraentes de 2025, impulsionado pela combinação de juros mais baixos, tensão fiscal nos EUA e busca global por segurança. No entanto, especialistas recomendam cautela e diversificação. O brilho do metal é forte, mas o investidor prudente sabe que, mesmo o ouro, pode ofuscar quem não mede seus riscos.


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